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Prefeito de Santa Quitéria é preso por envolvimento com facção criminosa antes de tomar posse; filho assume prefeitura

O prefeito reeleito de Santa Quitéria, José Braga Barrozo (PSB), conhecido como Braguinha, foi preso na tarde desta quarta-feira (1º) pela Polícia Federal e pela Polícia Civil do Ceará. A prisão ocorreu poucas horas antes de sua posse para o segundo mandato. Ele é investigado por suposto envolvimento com uma facção criminosa de origem carioca, acusada de favorecer sua campanha nas eleições municipais de 2024.

Após a prisão, a Câmara Municipal de Santa Quitéria realizou a eleição da nova Mesa Diretora, escolhendo o vereador Joel Barroso, filho de Braguinha, como presidente. Com isso, Joel assumiu interinamente o cargo de prefeito.

A prisão de Braguinha foi ordenada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) e acompanhada de mandados de busca, apreensão e afastamento de servidores municipais. Segundo a Polícia Federal, a investigação aponta práticas como coação eleitoral, compra de votos e intimidação violenta contra eleitores e adversários, comprometendo a lisura do pleito.

De acordo com a Polícia Federal, líderes do Comando Vermelho, com suporte financeiro e logístico, teriam atuado para garantir a vitória de Braguinha. Entre as ações atribuídas ao grupo estão ameaças a moradores, coação de eleitores e uso de recursos públicos em benefício próprio.

O vice-prefeito eleito, Francisco Gardel Mesquita Ribeiro (PSB), conhecido como Gardel Padeiro, também é investigado, mas não foi preso. No entanto, ele foi impedido de assumir o cargo após o afastamento de Braguinha.

Denúncias do Ministério Público Eleitoral

O Ministério Público Eleitoral (MPE) afirmou que a facção ameaçou eleitores e apoiadores do candidato adversário, Tomás Figueiredo (MDB), utilizando mensagens, ligações e até ameaças de incêndio e expulsão da cidade.

“Foram identificadas mensagens de ameaça de morte e ordens de expulsão enviadas a eleitores e apoiadores do candidato opositor. Também há indícios de danos a veículos e residências como forma de intimidação,” aponta o relatório do MPE.

Com as investigações em andamento, o futuro político de Santa Quitéria permanece incerto, enquanto as autoridades trabalham para garantir a estabilidade e a legalidade na administração municipal.

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