ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Itataia pode garantir independência de fertilizantes para o agronegócio nordestino

Em 10 anos a dependência do Brasil do fosfato importado aumentou de 44% para 72%, e a consumo de fertilizantes estrangeiros alcançou 56%, principalmente produtos fabricados na Rússia. Para suprir essa lacuna, está em processo de instalação no município cearense de Santa Quitéria, cerca de 210 km de Fortaleza, uma usina, orçada em R$ 2,3 bilhões, voltada à produção de adubo e energia.

O fosfato será extraído no Projeto Santa Quitéria/CE. Foto: Divulgação.

O Projeto Santa Quitéria é desenvolvido pelo consórcio formado pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e pela empresa privada Galvani da Bahia e está em fase de licenciamento ambiental junto ao Ibama. O objetivo é a construção e a operação de um complexo mineroindustrial para a extração de fosfato e urânio na jazida de Itataia, altamente relevante para o agronegócio da região Nordeste e para o setor energético nacional.

 

Produção de 1,05 milhão de tonelada de fertilizantes fosfatados por ano

Em operação, a usina irá ampliar a oferta de fertilizantes para as lavouras brasileiras atendendo a 25% da demanda de adubo fosfatado do Nordeste 50% da demanda de fosfato bicálcio para ração animal na região Norte.

 

2.800 novos empregos serão criados durante a fase de operação

Durante as obras está prevista a geração de 8.400 empregos diretos e indiretos e na fase de operação do complexo mineroindustrial 2.800 novas oportunidades de trabalho. A meta é de produzir 220 mil toneladas por ano de fosfato bicálcico para ração de gado, quantia correspondente a 50% da demanda atual desses insumos nas regiões Norte e Nordeste.

 

Sobre a Jazida de Itataia

A Jazida de Itataia é uma reserva brasileira de fosfato e urânio. Nela estão presentes de forma conjunta o fosfato (equivalente a 90% da jazida – 8,9 milhões de toneladas), que pode ser utilizado como matéria-prima para o agronegócio. O urânio, potencial combustível para as usinas nucleares, é estimado em 80 mil toneladas.

 

Licença

O consórcio formado pela INB -Indústrias Nucleares do Brasil e pela Galvani está, desde 2011, habilitado para explorar a jazida. Em 2017 as empresas apresentaram o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) e esperam a aprovação depois das audiências públicas realizadas e contatada a observância de toda a legislação ambiental.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

82 − = 80